Psicóloga Rafaella Amata

Como a comparação destrói a autoestima?

Um caminho certo para a infelicidade é a comparação.

 

É um caminho árduo e complicado, pois vai minando com a autoestima.

 

É completamente diferente ver o sucesso do outro e se inspirar, usar essa admiração a seu favor de uma forma leve. Porém, ao se comparar, o indivíduo vai por um caminho de autodepreciação pois deixa de enxergar as próprias qualidades. Ao se comparar com outra pessoa e acreditar que deveria ser igual a ela, o sentimento de inferioridade se instala.

 

A questão é que comparar é injusto com todos os envolvidos, pois cada um tem uma trajetória, uma história, que fez com que cada um chegasse até ali.

 

Mas por que as pessoas se comparam? Em muitas famílias, e também na escola, os adultos usam a comparação como forma de estimular. Por exemplo: “você viu como a fulana tirou notas altas? Estuda bastante para ser como ela!”. Ou “Olha como o fulano deixa o quarto arrumado. Por que você não faz assim também?”. Quando um adulto faz um comentário como esses, a criança começa a ter uma visão de si mesma e adquire crenças de não ser boa o bastante e é provável que passe boa parte de sua vida se achando menos que os demais. Dessa forma, ela pode evitar muitas coisas por medo do fracasso ou, numa postura oposta e contrafóbica, pode se colocar em diversos desafios o tempo todo para provar que é melhor que os outros.

 

A mídia também propicia essa comparação o tempo todo dizendo como se deve andar, se vestir e agir. No mundo extremamente competitivo em que vivemos, o sucesso e a perfeição estão sendo instigados cada vez mais nas redes sociais e em ambientes profissionais. Isso faz com que as pessoas comecem a se questionar coisas como: “o que ele tem que eu não tenho?”, “por que é tão mais difícil para mim?”, “o que eu estou fazendo de errado?”.

 

É mais um fator que vai perturbando o emocional do indivíduo, trazendo cada vez mais a sensação de fracasso. Isso tudo pode desencadear distúrbios psicológicos como ansiedade e depressão. Ou seja, a comparação acaba sendo uma atitude venenosa para a saúde mental.

 

O maior aliado contra esse veneno é o amor próprio. Quando o indivíduo se ama, ele para de se querer ser igual ou melhor que os outros. Deixarei aqui três dicas para evitar fazer comparações. Porém, tenha em mente que talvez você possa precisar de uma ajuda mais especializada e a psicoterapia é muito útil em casos de baixa autoestima.

 

  1. Busque o autoconhecimento, pois quem se conhece geralmente têm mais sucesso justamente por saber usar suas habilidades de maneira positiva.
  2. Aprenda a se valorizar, pois quem se valoriza não sente mais a necessidade de se provar para ninguém, pois já se conhece.
  3. Busque o amor próprio, pois ele ajuda a parar com as comparações nocivas à autoestima.

 

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